A vila de Côja tem a destacar várias casas solarengas, dos séculos XVIII e XIX.
Casa de Dr. Alberto Vale
Dominando a ponte é talvez a casa mais imponente da vila. Do século XVIII, ampliada no século XIX, ostenta fiadas de janelas de verga curva e aventais, encimadas por um motivo floreado.
A esta casa liga-se um dos momentos mais curiosos na história de Coja a propósito do rio Alva. Em 1811 o primeiro arco da ponte foi cortado, impedindo a passagem das tropas francesas comandadas por Massena e que vinham de Mouronho. Desconhecendo este corte, precipitaram-se as tropas para o rio enquanto iam sendo alvejadas a partir da casa do Dr. Alberto Vale.
Casas da Praça
A mais central e imponente é uma casa brasonada, do século XVIII, dividida em três setores por pilastras, cada setor com duas sacadas de vão retangular. Ostenta janela entre o edifício principal e a capela, de cimalha e aventais recortados, com motivos curvados no topo, trabalho em ferro nas grades e varandas, com elementos florísticos, torneados e catavento em ferro.
O brasão de pedra, esculpido de forma rude, copiado na varanda de ferro forjado, atesta a nobreza dos proprietários, cuja família se estendia até ao Pisão e Vila Cova de Alva.
Anexa a esta casa temos a Capela de S. João, edifício de fachada simples, do século XVIII.
Ainda na Praça, existe outra casa do século XVIII, dividida em dois setores, com fiadas de janelas em verga curva e aventais recortados. Esta casa foi usada como escola, fundada por D. Luis I.
Casa do Prior Costa
Esta casa com capela, do Prior António Francisco Costa, está situada junto à capela de Santo António e remonta ao século XIX. Tem janelas com cantarias em granito e um bonito trabalho artístico em ferro dos espelhos das fechaduras e do suporte das caleiras.
A capela é dedicada a Nossa Senhora das Necessidades. Foi erguida no século XIX e benzida em 1877 e guarda uma imagem da Virgem com o Menino do século XV.
Casa de Santa Clara
Casa do século XIX, com uma capela a dividir dois conjuntos arquitetónicos distintos, onde sobressaem os espelhos de fechadura de grande qualidade artística
A capela tem como orago S. José e foi benzida em 1887. O púlpito é do mesmo autor dos retábulos da Igreja Matriz, o entalhador José Gonçalves de Abreu. O grande crucifixo desta capela pertenceu à Inquisição de Coimbra.
Esta casa tem a particularidade de ter sido a residência de um notável cojense, médico, o Dr. Fernando Vale. Miguel Torga, pseudónimo do médico Adolfo Correia da Rocha, era visita regular desta casa, escrevendo passagens dessas estadias em alguns dos seu Diários e demais obras, tendo alguns cojenses sido inspiração para compor as suas personagens.
Todas os contatos listados são:
“Chamadas para a rede fixa nacional”