Ocupando um local privilegiado, esta igreja que tem como orago S. Miguel.
A linha da frontaria é funda e elegantemente recortada. A porta principal é ladeada por duas colunas compósitas e a bacia de sacada estende-se às três janelas rasgadas do coro, que possuem malhas em traçados curvos. Um nicho em forma de templete domina a janela central, inscrevendo-se na empena.
Os retábulos de estilo setecentista foram executados no século XIX. Os púlpitos estão assentes sobre três mísulas fundidas. A pintura do teto e a que ornamenta o altar principal é da autoria de Monsenhor Nunes Pereira.
As imagens de Santa Catarina e S. Sebastião são esculturas medievais em pedra. A imagem de S. Pedro, que pertenceu à Capela de Santo António, é de calcário, quatrocentista, e pensa-se que tivesse adornado a Capela do Paço Episcopal, do qual nada resta atualmente. Outras imagens, em madeira do século XVII, vieram de extintos colégios ou conventos de Coimbra. A imagem de S. Pedro, que pertenceu à Capela de Santo António, é de calcário, quatrocentista, e pensa-se ter adornado a Capela do Paço Episcopal.
No seu adro encontra-se o cemitério onde foram descobertas sepulturas antropomórficas que devem remontar à Idade Média. Atentando a sua antiguidade há na Capela-mor uma inscrição tumular de Diogo Pires e seu filho, Simão Dias, falecido em 1543.
Ainda no adro, existe um cruzeiro em granito, de forma simples. Pode ser encontrado outro cruzeiro fora da vila, em Vale de Vinhas, deslocado do local original devido à alteração no traçado da estrada. Os cruzeiros, para além de serem marcos da jurisdição paroquial, tinham como finalidade santificar os adros das igrejas ou proteger um local entendido como maléfico pelo povo, nomeadamente onde se acreditava serem realizados rituais pagãos, como é o caso dos cruzeiros colocados em encruzilhadas.
A igreja atual sofreu obras de beneficiação, devido ao estado de degradação constatado em 1758.Local referenciado com QR Code
Todas os contatos listados são:
“Chamadas para a rede fixa nacional”